A digitalização industrial exige velocidade, flexibilidade e integração entre diferentes tecnologias — tudo isso em ambientes onde equipes são enxutas e o tempo de parada custa caro. Nesse cenário, as plataformas Low-Code e No-Code surgem como uma alternativa promissora para acelerar o desenvolvimento de aplicações industriais, integrar sistemas e facilitar a customização de soluções, mesmo sem grandes times de TI.
Mas será que essas plataformas são realmente aplicáveis ao universo industrial, com suas exigências de segurança, rastreabilidade e integração com sistemas legados? Este artigo discute o papel crescente do Low-Code/No-Code na automação industrial e como empresas como a IASTECH podem transformar essa tendência em resultado concreto no chão de fábrica.
O que são Plataformas Low-Code e No-Code?
Low-Code and No-Code são abordagens que permitem criar aplicações, interfaces e fluxos de dados com mínimo ou nenhum código tradicional, por meio de interfaces visuais e componentes pré-configurados.
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Low-Code: exige algum conhecimento técnico (geralmente lógica de programação), mas acelera o desenvolvimento.
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No-Code: voltado para usuários sem experiência em programação, com foco em parametrização via drag-and-drop.
Essas plataformas já são amplamente usadas em áreas como CRM, finanças e RH, mas nos últimos anos começaram a ganhar espaço na automação industrial e na engenharia de produção, especialmente com a demanda crescente por dashboards, sistemas MES customizados, rastreabilidade e integração de dados entre chão de fábrica e ERP.
Por Que o Low-Code Está Ganhando Espaço na Indústria?
🔧 1. Falta de mão de obra especializada
A escassez de desenvolvedores com conhecimento em automação industrial e integração de sistemas é um desafio global. Plataformas Low-Code/No-Code permitem que engenheiros de automação, operadores de TI industrial e analistas de processos participem do desenvolvimento de soluções sem depender exclusivamente da TI corporativa.
⚡ 2. Agilidade no desenvolvimento
Aplicações simples como dashboards, checklists eletrônicos, formulários de inspeção, integrações com CLPs ou até interfaces HMI podem ser criadas 10x mais rápido com plataformas visuais.
🔄 3. Facilidade na integração com sistemas legados
Muitas plataformas já possuem conectores prontos para protocolos industriais (bancos de dados, sistemas MES, SCADA, ERP e APIs), o que reduz o esforço de integração.
🧩 4. Personalização e escalabilidade
Diferente de sistemas fechados ou engessados, o Low-Code permite criar aplicações específicas para a realidade de cada planta, podendo ser adaptadas conforme a operação evolui.
Aplicações Reais em Ambientes Industriais
A seguir, alguns exemplos reais de uso de plataformas Low-Code/No-Code na automação e na gestão de produção industrial:
✔ Criação de Dashboards de Produção (OEE, Paradas, KPIs)
Permitem que engenheiros de processo criem dashboards customizados com dados em tempo real provenientes de CLPs, MES e sensores IoT sem depender de um desenvolvedor.
✔ Digitalização de Checklists e Formulários de Qualidade
A substituição de papel por apps mobile criados em plataformas No-Code facilita a rastreabilidade, gera registros automáticos e reduz erros manuais.
✔ Monitoramento de Equipamentos via IoT
Com plataformas Low-Code conectadas a gateways IoT, é possível capturar dados de vibração, temperatura ou consumo e gerar alertas automáticos em caso de anomalia.
✔ Orquestração de processos entre ERP e chão de fábrica
Com fluxos lógicos e regras de negócio visuais, é possível integrar ordens de produção do ERP com o MES, registrando feedbacks de processo, consumo e desvios.
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Desafios e Limitações do Low-Code/No-Code na Indústria
Embora promissoras, essas plataformas não substituem completamente sistemas tradicionais de automação — especialmente em ambientes com alto grau de criticidade ou em processos regulados.
1. Integrações com tempo real crítico
Aplicações que exigem tempo de resposta imediato (como controle em malha fechada) ainda devem rodar em CLPs ou DCS, com linguagens IEC 61131.
2. Segurança cibernética e governança
Soluções Low-Code devem estar alinhadas às políticas de cibersegurança industrial e controle de acesso. A ausência de governança pode gerar vulnerabilidades.
3. Validação e compliance
Em indústrias farmacêuticas, químicas ou de alimentos, soluções devem estar alinhadas à 21 CFR Part 11 e à validação GAMP — o que exige cuidado na documentação e na gestão de mudanças.
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Plataformas que Já Estão Ganhando Espaço no Setor Industrial
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Ignition Perspective (Inductive Automation)
Com módulos visuais, permite criar interfaces HMI, dashboards e aplicações mobile com mínimo código. -
Tulip Interfaces
Focada em manufatura, permite criar aplicações operacionais para produção, manutenção e qualidade sem necessidade de programação. -
Microsoft Power Platform (Power Apps)
Bastante usada em indústrias que já utilizam o Microsoft 365, com boa integração com Excel, SharePoint, Dynamics e Power BI. -
Node-RED (para IIoT)
Ferramenta open-source muito usada para montar fluxos de dados industriais de forma visual.
Como a IASTECH Pode Apoiar a Jornada Low-Code na Indústria
A IASTECH oferece soluções completas para digitalização de processos industriais, com possibilidade de utilizar plataformas Low-Code para acelerar projetos e garantir resultados rápidos com baixo custo inicial.
O que a IASTECH entrega:
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Diagnóstico técnico e Plano Diretor de Automação (PDA) para identificar processos que podem ser digitalizados rapidamente
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Integração de sistemas legados com plataformas modernas, com uso de protocolos industriais e gateways
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Desenvolvimento de dashboards, apps e fluxos digitais usando Low-Code e ferramentas como Ignition, Node-RED ou Power Platform
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Capacitação da equipe operacional para uso e expansão das soluções digitais
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Validação de conformidade com normas como ISA-88, ISA-95, 21 CFR Part 11, GAMP
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Conclusão: Tendência ou Realidade?
Plataformas Low-Code e No-Code já são realidade na automação industrial, especialmente em processos de apoio, digitalização de registros e integração de dados. Elas permitem ganhos rápidos com baixo custo e reduzem a dependência de desenvolvedores — algo essencial para PMEs industriais e plantas que operam com equipes enxutas.
Com uma arquitetura bem planejada, segurança validada e apoio técnico qualificado, é possível combinar o melhor dos dois mundos: tecnologia acessível com robustez industrial.
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