Com o avanço da Indústria 4.0 e a chegada da Indústria 5.0, cresce a demanda por sistemas industriais mais flexíveis, interoperáveis e duradouros. Nesse cenário, a Open Process Automation (OPA) surge como uma abordagem disruptiva para arquiteturas de controle, propondo um ecossistema padronizado e aberto que reduz a dependência de fornecedores únicos e permite maior inovação ao longo do tempo.
A IASTECH, com mais de 35 anos de experiência em automação e integração de sistemas, acompanha de perto essa evolução e está preparada para apoiar indústrias que desejam iniciar sua transição para uma arquitetura mais aberta, modular e resiliente.
O que é Open Process Automation (OPA)?
A OPA é uma iniciativa liderada pelo Open Process Automation Forum (OPAF), parte do consórcio The Open Group. Seu objetivo é desenvolver um padrão técnico, o O-PAS™ (Open Process Automation Standard), que define uma arquitetura de automação de processos baseada em:
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Interoperabilidade entre componentes de diferentes fornecedores
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Separação entre hardware e software
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Padronização de comunicação entre dispositivos
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Segurança cibernética desde o design
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Escalabilidade e modularidade para evolução contínua
Diferente de arquiteturas proprietárias (como sistemas DCS convencionais), o modelo OPA permite que empresas combinem soluções de múltiplos fornecedores em um mesmo ambiente, com maior liberdade técnica e comercial.
Por que a OPA está ganhando relevância?
1. Redução da dependência de fornecedores
Sistemas legados geralmente vinculam hardware, software e serviços a um único fabricante. Isso dificulta atualizações, eleva custos e limita a inovação. A OPA quebra esse modelo ao permitir a substituição modular de componentes.
2. Evolução contínua da planta
Com interfaces padronizadas e independência de fornecedor, torna-se possível atualizar partes do sistema sem comprometer toda a arquitetura, reduzindo paradas e obsolescência.
3. Menor custo de ciclo de vida
A modularidade da OPA permite manutenção mais simples, upgrades menos custosos e adoção progressiva de novas tecnologias, otimizando o custo total de propriedade (TCO).
4. Integração nativa com Indústria 4.0
A arquitetura da OPA é pensada para se integrar com IoT industrial, Analytics, Edge Computing, Digital Twins e sistemas MES e ERP, tornando-se um facilitador natural da digitalização.
Componentes técnicos da OPA
O padrão O-PAS define uma série de elementos fundamentais para sua implementação:
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DCN (Distributed Control Node): unidade de controle distribuída que executa funções lógicas e gerencia I/Os
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Barramento de tempo real (RTB): meio padronizado de comunicação entre dispositivos de controle
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Perfis de interoperabilidade: definem como dispositivos trocam dados com segurança e consistência
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Modelo de ciclo de vida: orienta a instalação, operação, manutenção e atualização de sistemas modulares
Essa estrutura possibilita uma automação distribuída, segura e flexível, conectando sensores, atuadores, controladores, sistemas supervisórios e camadas corporativas.
Estado atual do padrão O-PAS
A OPA ainda não é um padrão plenamente consolidado como a ISA-88 ou ISA-95, mas sua evolução está em ritmo acelerado:
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O O-PAS v1.0 foi publicado em 2019 como base da arquitetura
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Diversas empresas e integradores participam de projetos piloto com OPA
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Indústrias como óleo e gás, química, alimentos e bebidas, energia e utilities já testam arquiteturas híbridas
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Os principais fabricantes de automação já estão desenvolvendo soluções compatíveis com O-PAS
Benefícios estratégicos para a indústria
Adotar a OPA não é apenas uma questão técnica. É uma estratégia de longo prazo para garantir que os sistemas industriais acompanhem a evolução digital com segurança, flexibilidade e controle.
Entre os principais benefícios, destacam-se:
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Flexibilidade para trocar ou atualizar componentes
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Maior vida útil dos ativos digitais
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Redução de riscos associados à obsolescência
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Maior autonomia técnica e comercial
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Integração nativa com padrões modernos como OPC UA
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Base sólida para iniciativas de transformação digital
Desafios da adoção da OPA
Apesar do grande potencial, a OPA exige atenção a alguns pontos críticos:
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Integração com sistemas legados: é preciso planejar arquiteturas híbridas, preservando ativos existentes
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Capacitação de equipes: engenheiros e técnicos precisam compreender os novos conceitos de modularidade, interoperabilidade e segurança
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Governança técnica: arquiteturas abertas requerem gestão rigorosa de versões, interfaces e responsabilidades
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Cibersegurança: sistemas abertos ampliam a superfície de ataque e demandam políticas robustas de proteção e segmentação
Como a IASTECH apoia a adoção de OPA
A IASTECH atua como parceira estratégica em projetos de evolução arquitetural, ajudando seus clientes a migrar de forma planejada para modelos mais modernos, seguros e integráveis.
Nossas entregas incluem:
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Plano Diretor de Automação (PDA) com foco em arquitetura modular
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Integração de sistemas legados com novas plataformas
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Projetos de automação abertos e híbridos (OPA + ISA-88 + ISA-95)
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Implementação de SCADA, MES e supervisórios com foco em interoperabilidade
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Treinamento e capacitação técnica da equipe do cliente
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Suporte completo em validação de sistemas (GAMP, 21 CFR Part 11)
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Conclusão
A Open Process Automation representa um avanço importante rumo a sistemas industriais mais ágeis, seguros e preparados para o futuro. Embora ainda em consolidação, a OPA já demonstra potencial real para mudar a forma como as arquiteturas de controle são concebidas e mantidas.
Para empresas que buscam modernização com responsabilidade técnica, adoção gradual e aproveitamento do legado, a OPA é uma escolha estratégica e a IASTECH é o parceiro certo para essa jornada.





